A Câmara Municipal de Vila Verde, em parceria com a Universidade do Minho, acaba de ver aprovado um Projecto-Piloto Europeu de Saneamento Ambiental, uma acção enquadrada no programa Interreg IIIB-Espaço Atlântico, no âmbito de um projecto mais amplo designado por DEPURANAT. O Projecto em causa, sobre sistemas de tratamento de águas residuais em aglomerados rurais, estará vocacionado para aplicação no Lugar de Curral, na Vila de Pico de Regalados, e conta com comparticipação comunitária. Terá uma duração de 3 anos e um orçamento global de 1 600 000,00 ?. Visa lançar contributos para o desenvolvimento de sistemas de tratamento e gestão sustentável de águas residuais domésticas, promovendo o uso da água residual como recurso.
O Projecto
Este projecto-piloto sobre sistemas de tratamento de águas residuais em aglomerados rurais foi apresentado pela Câmara Municipal de Vila Verde e pela Universidade do Minho, juntamente com duas associações municipais da Região das Canárias e o Instituto Tecnológico de Canárias, o Centro de Nuevas Tecnologias del Água e o Office International de l´Eau. Foi aprovado para financiamento pela Comunidade Europeia, no quadro do programa comunitário INTERREG IIIB. Terá uma duração de 3 anos e um orçamento global de 1 600 000,00 ?, tendo por base o desenvolvimento de sistemas de tratamento e gestão sustentável de águas residuais domésticas, promovendo o uso da água residual como recurso.
«As zonas rurais apresentam especificidades que requerem o uso de novas aplicações, procurando-se efectuar o tratamento de águas residuais com a utilização preferencial de tecnologias simples e económicas», aponta o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Engº José Manuel fernandes. Avança, entretanto, que «com este projecto, a Câmara Municipal de Vila Verde entende não apenas resolver a questão do saneamento do lugar do Curral ? lugar onde será instalada a unidade piloto - mas, também, permitirá testar novas soluções de tratamento que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais do concelho».
A Universidade do Minho monitorizará o processo de tratamento e pretende calibrar um modelo de simulação do processo com os resultados obtidos, sendo também a responsável pela coordenação do estudo económico dos diversos sistemas testados pelos restantes parceiros.
A primeira fase das obras para a concretização do projecto foi agora lançada a concurso público pela Câmara Municipal, prevendo-se a sua conclusão até Outubro.
Parceiros
O projecto-piloto foi apresentado pelas seguintes entidades, em representação de Portugal, Espanha e França: Câmara Municipal de Vila Verde (CMVV); Universidade do Minho (UM); Instituto Tecnológico das Canárias, Sa (ITC); L´Ofice Internacional de L´Eau ( OIEA); Centro de Nuevas Tecnologías del Agua (CENTA); Gestión y Planeamiento Territorial y Medioambiental, Sa (GESPLAN); Cabildo Insular de Tenerife (CABTFE); Mancomunidad de Municípios de Medianias de Gran Canaria (MANMEDIANIAS); M.I. Ayuntamiento de Telde (ATELDE); Mancomunidad Intermunicipal del Surest de Gran Canaria (MSURESTE);
O chefe de fila do projecto é o Instituto Tecnológico das Canárias, Sa (ITC).
As reuniões de trabalho têm sido participadas por uma delegação portuguesa composta pelo Engº José Cunha, Director do Departamento Municipal de Ambiente da Câmara Municipal de Vila Verde, e os Professores António Brito e Regina Nogueira, investigadores da Universidade do Minho.
Objectivos
Este projecto tem por objectivo investigar e implantar esquemas de desenvolvimento sustentável no mundo rural e espaços naturais protegidos, baseados na gestão produtiva e descentralizada das águas residuais domésticas, a partir de sistemas de tratamento natural ou de baixo custo energético, aceitáveis do ponto de vista social e cultural. A ideia básica é tratar a água residual in situ, por meio de pequenos sistemas, e reutilizar directamente os subprodutos obtidos (água, biomassa vegetal, biogás, nutrientes, etc.).
Estes recursos podem apoiar a agricultura tradicional, o turismo rural e a obtenção de outros produtos de qualidade como fitoplanton, planta aquática com aplicação ornamental, forrageira ou artesanal, a produção de biocombustíveis, etc. Enfim, permitirá criar para cada caso o modelo mais adequado e sustentável, promovendo actividades respeitadoras do ambiente.
A Câmara Municipal de Vila Verde, como sócio deste projecto, terá um investimento global de 130 471,50 ?, sendo 72 971,50 ? ( 56%) comparticipado pelo FEDER, e 57 500,00 ? ( 44%) da componente do investimento que deverá ser assumida pela Câmara Municipal, conforme cronograma financeiro. |